terça-feira, 25 de setembro de 2018

Projeto de pesquisa "OS HÁBITOS DE CONSUMO DOS JOVENS ATUALMENTE"



ESCOLA ESTADUAL PROFESSORA ILMA DE LANA EMERIQUE CALDEIRA










OS HÁBITOS DE CONSUMO DOS JOVENS ATUALMENTE









 

 



             DANIELLY ADRIANNY AREDES

            LETHÍCIA SILVEIRA BICALHO

                       MILENA CRISTINA SOUSA DA SILVA

                     SARA HELOISA SILVEIRA MORAES

 

 

DOM CAVATI

SETEMBRO/ 2018














  











1-INTRODUÇÃO              
Os hábitos de consumo dos jovens atualmente são um fator agravante na sociedade. Conhecer os produtos consumidos e a razão desse consumo é importante para reconhecer o problema e projetar uma solução para ele.
Dentre os fatores que influenciam no problema, estão a condição econômica dos jovens, a necessidade de acompanhar as tendências de cada época e as motivações que têm para esse consumo muitas vezes exacerbado.




2- OBJETIVOS                 
·         Conhecer os hábitos de consumo dos jovens nos dias atuais.
·         Expor as consequências do consumo.
·         Identificar os produtos mais consumidos.
·         Analisar as motivações dos jovens para comprar um produto.
·         Traçar métodos para solução do problema.





3- JUSTIFICATIVA                

O Planeta em que vivemos está em crise. De um lado, o consumismo exagerado que nos surpreende cada dia mais, do outro, fome, desemprego, miséria e desigualdade. Nesse mundo consumista os adolescentes foram escolhidos como alvo principal e mais fácil dessa pesquisa, hoje eles são chamados de filhos do consumismo.
O consumo afeta desde o equilíbrio emocional até o orçamento familiar, as compras  descontroladas feitas por adolescentes. É preciso assumir a responsabilidade de educar para que nossos jovens sejam consumidores conscientes e que saibam dar o valor para o essencial da vida. Precisamos estar atentos às necessidades afetivas dos filhos: entendê-las é um caminho para evitar que eles preencham os espaços emocionais com compras.



4- REVISÃO TEÓRICA         
Um estudo divulgado em 2014 pela agência B2 traçou um perfil de comportamento e consumo do jovem brasileiro. Com foco nas classes A, B e C, a pesquisa Vivendo 80 semanas na vida do jovem brasileiro analisou sonhos, planos de carreira, percepções e hábitos de compras de pessoas entre 18 e 25 anos em todo o Brasil. Seis a cada 10 entrevistados eram mulheres, e 60% dos consultados cursavam ou tinham Ensino Superior completo.
Conforme o levantamento, 56% dos jovens têm perfil de consumidor “moderado”. Os demais dividem-se entre “compulsivos” (24%), “econômicos” (15%) e “pão-duros” (5%). Do total, 60% preferem fazer pagamentos à vista, quase o mesmo percentual dos que usam cartão de débito (59%) e um pouco mais dos que usam a função crédito sem parcelar o valor da compra (55%).
Questionados sobre a primeira marca que vêm à sua mente, os jovens apontaram Apple (45%), Coca-Cola (16%), Nike (15%) e Google (10%). Sobre quais marcas lembram ao ouvir certas palavras, os pesquisados relacionaram em maiores percentuais os termos “inovação” (49%), “juventude” (10%) e “status” (26%) à Apple. A palavra “ética” trouxe à mente de 5% dos entrevistados a marca Natura. Além da percepção sobre diferentes marcas, o estudo revelou que os jovens se informam mais pelas redes sociais do que pelas mídias tradicionais.
Segundo a pesquisa, 43% têm como principal meio de informação as redes sociais, onde passam seis horas diárias, em média. A segunda fonte de informação são os portais de notícias (35%), enquanto os blogs respondem por 7%. Já veículos tradicionais, como TV, jornal e revista, respondem, respectivamente, por 8%, 6% e 1% das respostas.






5- METODOLOGIA                 
Para levantamento dos dados, foram feitas quatro enquetes na rede social Instagram.
A primeira enquete perguntava acerca de os jovens comprarem algo por querer ou por precisar, e consta-se que o resultado foi de 53% por querer e 47% por precisar.
A segunda enquete perguntava acerca de os jovens consumirem muitos produtos sem necessidade, e consta-se que o resultado foi de 97% para sim e 3% para não.
A terceira enquete perguntava acerca do que os jovens avaliam antes de comprar um produto, e consta-se que o resultado foi de 92% que avaliam o preço e 8% que avaliam a qualidade.
A quarta e última enquete perguntava acerca de qual meio os jovens utilizam para comprar um produto, e consta-se que o resultado foi que 90% utilizam lojas físicas e 10% compram pela internet.



6-BIBLIOGRAFIA 
ADMIN.  Mais da metade dos jovens tem hábitos de consumo moderados. Disponível em https://destinonegocio.com/br/financas/mais-da-metade-dos-jovens-brasileiros-tem-habitos-de-consumo-moderados/ Acesso em: 15 set. 2018

segunda-feira, 24 de setembro de 2018

Projeto de pesquisa: "Os hábitos de leitura dos jovens, atualmente"


ESCOLA ESTADUAL PROFESSORA ILMA DE LANA EMERIQUE CALDEIRA
MATÉRIA DE LÍNGUA PORTUGUESA







                             O HÁBITO DE LEITURA NO SÉCULO  XXI










ANA CAROLINA GOZAGA,BRUNA DE SOUZA DOMINGOS,MICHELE LINO SIMÃO,THALITA CRISTINA CAETANO
Orientador(a) Priscila Carvalho Póvoa Cruz Costa


DOM CAVATI
SETEMBRO/2018







1-INTRODUÇÃO

Um dos grandes desafios dos professores da educação atualmente é ensinar a leitura para os alunos. Mas ensinar não só a decifrar códigos, e sim a ter o hábito de ler. Seja por diversão, seja para estudar ou para se informar, a prática da leitura aprimora o vocabulário e dinamiza o raciocínio, e a interpretação, além de estabelecer a formação de um senso crítico próprio, coisas essenciais para a formação dos jovens do século XXI.

É comum verem pessoas, principalmente jovens, dizendo que não têm paciência para ler um livro, apesar de que, tudo é  questão de hábito, de transformar a leitura em prazer. Vale lembrar que, além dos livros das matérias escolares como de português e matemática, é importante buscar outras obras de interesse, independentes do conteúdo, e que despertem a curiosidade do leitor.

Visto isso, delimitamos o foco em nossa pesquisa realizando atividades com três classes de diferentes séries afim de descobrir o que leem, quando leem e se tiveram algum incentivo dos pais em relação a leitura durante a infância.

Aos escolhermos este tema, queríamos fazer um estudo concreto, com dados reais voltado principalmente para nossa cidade e o melhoramento da comunicação, interpretação, e criatividade dos jovens de Dom Cavati




2- OBJETIVOS

2.1OBJETIVOS GERAIS
Analisar o habito de leitura dos estudantes do 3º ano A, 6º ANO A, EJA .

2.2OBJETIVOS ESPECIFICOS
Analisar o que estes alunos gostam de ler;
Quantas horas por dia eles passam lendo;
Quantos livros eles já leram;


3-JUSTIFICATIVA

A importância deste trabalho é saber  o quanto as pessoas leem nos dias atuais,contribuir com a leitura dos jovens e adultos e identificar o problema de quem não tem esse habito,incentivar as crianças a sempre ler mais e através da leitura conhecer coisas novas.


4-REVISÃO TEÓRICA
Existem vários porquês da importância da leitura. Todo mundo sabe que ler é essencial, mas a maioria acha muito difícil. A importância de ler consiste em proporcionar aos alunos condições para que eles se sintam estimulados a ler e a adquirir o hábito de leitura descobrindo um mundo novo de conhecimentos e de informações. É evidente que o hábito de ler é determinante para a formação da criança, para que ela seja um adulto feliz, crítico e reflexivo. 

A Literatura possibilita mais segurança na fase de alfabetização, e é papel fundamental tanto dos pais quanto da escola e professores criar oportunidades para que a criança se descubra leitora. Muitos são os benefícios que a leitura proporciona: desenvolvimento da imaginação, da criatividade, da comunicação, bem como o aumento do vocabulário, conhecimentos gerais e do senso crítico. Além desses benefícios, com a leitura exercitamos nosso cérebro, o que facilita a interpretação de textos e leva à maior a competência (habilidade) na escrita. 

Ao ler o indivíduo adquire maior repertório, ampliando e expandindo seus horizontes cognitivos. Para além disso, estudos apontam que o ato de ler é muito prazeroso na medida em que reduz o stress ao mesmo tempo que estimula reflexões. Por esse motivo, a leitura deve ser incentivada desde a educação primária. Incentivar os filhos pequenos em casa e criar hábitos são chaves importantes para que as crianças desenvolvam o gosto pela leitura. Uma dica é levá-los nas bibliotecas, livrarias ou mesmo contar histórias para eles. Para o escritor brasileiro Monteiro Lobato: "Um país se faz com homens e livros". 

Aumento da Escolaridade: Nas últimas décadas, o Brasil tem experimentado o fenômeno no aumento da escolaridade média da população, com uma redução na proporção de analfabetos e indivíduos com escolaridade até o nível Fundamental I, e aumento da proporção de brasileiros com Ensino Superior e, sobretudo Ensino Médio. Com o envelhecimento da população, por conta da diminuição da natalidade e o aumento da expectativa de vida, a parcela da população que está estudando também vem reduzindo ao longo dos anos, sobretudo na educação básica. No entanto, de acordo com o INAF, apesar do percentual da população alfabetizada funcionalmente ter passado de 61% em 2001 para 73% em 2011, apenas um em cada 04 brasileiros domina plenamente as habilidades de leitura, escrita e matemática. Ou seja, o aumento da escolaridade média da população brasileira teve um caráter mais quantitativo (mais pessoas alfabetizadas) do que qualitativo (do ponto de vista do incremento na compreensão leitora). Índice de leitura: Em 2015, 56% da população brasileira com 05 anos ou mais é considerada leitora de acordo com os critérios da pesquisa (ter lido ao menos um livro, inteiro ou em partes, nos três meses anteriores à pesquisa). Um dos principais destaques da pesquisa em 2015 é o fato de a população adulta e a que está fora da escola estarem lendo mais do que foi observado nos anos anteriores da pesquisa, embora ser leitor ainda seja uma característica significativamente associada à escolaridade, à renda e ao contexto socioeconômico no qual os indivíduos estão inseridos, o que aponta para um desafio no processo de inclusão de parte significativa dos brasileiros na população leitora. Em geral, embora tenha aumentado o número médio de livros lidos, os leitores continuam reportando uma quantidade maior de livros lidos em parte, do que os livros inteiros. Outra tendência indicada pela pesquisa é o aumento da importância dos livros lidos por iniciativa própria em relação aos indicados pela escola, mesmo entre os estudantes. Livros religiosos (principalmente a bíblia) seguem sendo os tipos mais lidos pelos brasileiros, independente do fato de estarem estudando ou não, embora os estudantes tenham contato com tipos de materiais mais variados, do que aqueles que não estudantes. 

Se ler já é importante no cotidiano de qualquer pessoa, imagine para quem precisa estudar e armazenar uma quantidade enorme de informações de uma só vez? Os estudantes, principalmente aqueles que estão em época de vestibular, precisam se atentar muito mais a isso. A leitura pode ajudar e relaxar ao mesmo tempo. Inclua em seu horário de estudos um momento voltado para a leitura de algo de sua escolha. Existem revistas de curiosidades no mercado com linguagem divertida, com as quais você vai aprender e se divertir ao mesmo tempo. A leitura é um hábito que só traz benefícios para a nossa vida. Vale a pena adotá-la para o seu dia-a-dia, experimente!


5-METODOLOGIA
Para a realização deste trabalho foi  desenvolvida uma pesquisa,que teve como objeto um questionário de cinco perguntas a pesquisa foi desenvolvida  com alunos do 6º ano A,3º ano A e EJA.

No 6 º A o questionário foi respondido por 36 alunos, sendo 19 meninas e 17 meninos. 35 alunos responderam que tem habito de leitura e apenas 1 respondeu não tem o habito. A respeito da quantidade de livros já lidos,25 responderam que já leu mais de 10 livros e 11 alunos responderam que leu menos de 10. Foi questionado se eles já ganharam algum livro na infância, 34 responderam que sim e apenas 2 responderam que não. A media de horas que eles passam lendo( contatando com as horas que eles passam no celular) é de 9 horas.foi questionado também se eles lembram do ultimo livro que eles leram,34 alunos lembram e apenas 2 responderam que não lembra .

No 3º A  o questionário foi respondido por 21 alunos,sendo 13 meninas e 8 meninos, 10 deles responderam que tem o habito de leitura e 11 responderam que não tem o habito de ler. A respeito da quantidade de livros lidos,15 deles responderam que já leu  menos de 10 livros e apenas 6 responderam que já leu mais de 10 livros.20 alunos da classe já ganharam algum livro na infância,apenas 1 aluno não ganhou nenhum livro na infância. A media de horas que eles passam lendo é de 10 horas por dia. Foi questionado também se eles lembram do ultimo livro que eles leram, 17 alunos responderam que lembra, e 4 deles responderam que não lembra.

No EJA  o questionário foi respondido por 24 alunos,sendo  16 meninas e 8 meninos,11  deles responderam que tem o habito de leitura e 13 deles responderam que não tem o habito de leitura. A  respeito da quantidade de livros lidos, 6 alunos responderam que já leu mais de 10 livros e 11 alunos responderam que já leu  menos de 10 livros. 13 alunos da classe já ganharam algum livro na infância e 11 alunos responderam que não ganharam nenhum livro na infância. A media de horas  de leitura deles é de 6 horas, tendo em vista que a maioria deles trabalha e devido a isso não tem muito tempo para ler. Foi questionado também se eles lembram do ultimo  livro que eles leram,15 alunos  responderam que lembra e 4 alunos responderam que não lembra .

Tendo em vista que o tema da nossa pesquisa era o habito de leitura no sec. XXI,focamos mais no habito  de leitura dos alunos. Pode- se concluir que os alunos do 6º ano,dentre as classes que foi aplicado o questionário são os que mais tem habito de leitura ,o mais surpreendente é os alunos do 3 º A  que estão se preparando para vestibulares,Enem,apresenta um índice baixo em relação ao habito de leitura, já o EJA, eles também não tem habito de leitura freqüente,possivelmente devido ao fato deles trabalharem e não terem muito tempo para ler.


6-BIBLIOGRAFIA
DIANA Daniela. “A importância da leitura”; Toda Matéria: conteúdos escolares. Disponível em <HTTPS://www.todamateria.com.br/a-importancia-da-leitura/>. Acesso em 08 de outubro 2017
BATISTA, Rafael. “Importância da leitura”; Brasil Escola. Disponível em <HTTPS://brasilescola.uol.com.br/ferias/a-importancia-leitura.htm> . Acesso em 16 de setembro de 2018.
VILARINHO Sabrina. “Por que ler é importante?”; Mundo Educação. Disponível em HTTPS://mundoeducacao.bol.uol.com.br/redacao/por-que-ler-importante.htm>

sexta-feira, 14 de setembro de 2018

Analisando o texto "SOCORRINHO", de Marcelino Freire

Comentário 1 - Ana Carolina Gonzaga e Bruna Domingos, 3º A - O texto "Socorrinho" de Marcelino Freire tem uma linguagem de difícil compreensão e sem conexões. Apresenta uma realidade feroz, retratando o dia-a-dia da violência e crimes vividos na cidade, (mais especificamente nas favelas). O sofrimento, a agonia e o desespero são retratados constantemente para enfatizar as condições vividas pela personagem. O texto é bastante "bagunçado" e narra uma série de acontecimentos aos mesmo tempo.

Comentário 2 - Sara, Thiago e Gabriel, 3º A - O texto lido tem uma linguagem de difícil compreensão devido à falta de conectivos e o emprego de vírgulas em lugar deles. A temática do texto se enquadra  na prosa urbana, trazendo a problemática da violência nos grandes centros. Predominam as características psicológicas das personagens e não as físicas. 

Comentário 3 - Bruna Luíza e Letícia Januário, 3º B - É um texto de difícil compreensão. Para entendê-lo é necessário ler umas 3 vezes, pelo fato de ter palavras soltas. Não é muito longo, mas é necessário muita atenção para entender. Relata uma história triste com muito choro e desespero, sobressaindo a temática da violência urbana, o estupro e a maldade humana. Relacionando-o com as tendências contemporâneas destacam-se as seguintes características: insistência na representação ficcional da violência; movimentação urbana; texto curto.



Analisando o conto DESENREDO, de João Guimarães Rosa

Comentário 1 - Lethícia Silveira Bicalho e Danielly Aredes, 3º A - o texto é de difícil compreensão, com uma linguagem bem complexa de se entender. O próprio título, "Desenredo", explica o fato de a narrativa não ter uma ordem bem definida.Há duas partes no texto em que o leitor pensa ser o fim, mas, é exatamente nessas partes que a história dá uma reviravolta e finaliza de forma surpreendente.

Comentário 2 - Célio Henrique e Stella, 3º A - o conto "Desenredo", de tendência contemporânea, tem como objetivo narrar fatos de uma forma desordenada, conforme o próprio título afirma. O  autor utiliza uma linguagem rebuscada, com palavras complexas que não são frequentes no cotidiano da maioria das pessoas. O ambiente onde se passa o enredo parece ser urbano, uma vez que o casal se conhece num bar. Ademais,o conto tem como temática a traição, tema comum nas novas tendências, o amor e o engano. 

 Desenredo – Conto de Guimarães Rosa

– Jó Joaquim, cliente, era quieto, respeitado, bom como o cheiro de cerveja. Tinha o para não ser célebre. Como elas quem pode, porém? Foi Adão dormir e Eva nascer. Chamando-se Livíria, Rivília ou Irlívia, a que, nesta observação, a Jó Joaquim apareceu.
Antes bonita, olhos de viva mosca, morena mel e pão. Aliás, casada. Sorriram-se, viram-se. Era infinitamente maio e Jó Joaquim pegou o amor. Enfim, entenderam-se. Voando o mais em ímpeto de nau tangida a vela e vento. Mas tendo tudo de ser secreto, claro, coberto de sete capas.
Porque o marido se fazia notório, na valentia com ciúme; e as aldeias são a alheia vigilância. Então ao rigor geral os dois se sujeitaram, conforme o clandestino amor em sua forma local, conforme o mundo é mundo. Todo abismo é navegável a barquinhos de papel.
Não se via quando e como se viam. Jó Joaquim, além disso, existindo só retraído, minuciosamente. Esperar é reconhecer-se incompleto. Dependiam eles de enorme milagre. O inebriado engano.
Até que -deu-se o desmastreio. O trágico não vem a conta-gotas. Apanhara o marido a mulher: com outro, um terceiro… Sem mais cá nem mais lá, mediante revólver, assustou-a e matou-o. Diz-se, também, que a ferira, leviano modo.
Jó Joaquim, derrubadamente surpreso, no absurdo desistia de crer, e foi para o decúbito dorsal, por dores, frios, calores, quiçá lágrimas, devolvido ao barro, entre o inefável e o infando. Imaginara-a jamais a ter o pé em três estribos; chegou a maldizer de seus próprios e gratos abusufrutos. Reteve-se de vê-la. Proibia-se de ser pseudo personagem, em lance de tão vermelha e preta amplitude.
Ela -longe- sempre ou ao máximo mais formosa, já sarada e sã. Ele exercitava-se a agüentar-se, nas defeituosas emoções.
Enquanto, ora, as coisas amaduravam. Todo fim é impossível? Azarado fugitivo, e como à Providência praz, o marido faleceu, afogado ou de tifo. O tempo é engenhoso.
Soube-o logo Jó Joaquim, em seu franciscanato, dolorido mas já medicado. Vai, pois, com a amada se encontrou -ela sutil como uma colher de chá, grude de engodos, o firme fascínio. Nela acreditou, num abrir e não fechar de ouvidos. Daí, de repente, casaram-se. Alegres, sim, para feliz escândalo popular, por que forma fosse.
Mas.
Sempre vem imprevisível o abominoso? Ou: os tempos se seguem e parafraseiam-se. Deu-se a entrada dos demônios.
Da vez, Jó Joaquim foi quem a deparou, em péssima hora: traído e traidora. De amor não a matou, que não era para truz de tigre ou leão. Expulsou-a apenas, apostrofando-se, como inédito poeta e homem. E viajou a mulher, a desconhecido destino.
Tudo aplaudiu e reprovou o povo, repartido. Pelo fato, Jó Joaquim sentiu-se histórico, quase criminoso, reincidente. Triste, pois que tão calado. Suas lágrimas corriam atrás dela, como formiguinhas brancas. Mas, no frágio da barca, de novo respeitado, quieto. Vá-se a camisa, que não o dela dentro. Era o seu um amor meditado, a prova de remorsos. Dedicou-se a endireitar-se.
Mais.
No decorrer e comenos, Jó Joaquim entrou sensível a aplicar-se, a progressivo, jeitoso afã. A bonança nada tem a ver com a tempestade. Crível? Sábio sempre foi Ulisses, que começou por se fazer de louco. Desejava ele, Jó Joaquim, a felicidade -idéia inata. Entregou-se a remir, redimir a mulher, à conte inteira. Incrível? É de notar que o ar vem do ar. De sofrer e amar, a gente não se desafaz. Ele queria os arquétipos, platonizava. Ela era um aroma.
Nunca tivera ela amantes! Não um. Não dois. Disse-se e dizia isso Jó Joaquim. Reportava a lenda a embustes, falsas lérias escabrosas. Cumpria-lhe descaluniá-la, obrigava-se por tudo. Trouxe à boca-de-cena do mundo, de caso raso, o que fora tão claro como água suja. Demonstrando-o, amatemático, contrário ao público pensamento e à lógica, desde que Aristóteles a fundou. O que não era tão fácil como fritar almôndegas. Sem malícia, com paciência, sem insistência, principalmente.
O ponto está em que o soube, de tal arte: por antipesquisas, acronologia miúda, conversinhas escudadas, remendados testemunhos. Jó Joaquim, genial, operava o passado -plástico e contraditório rascunho. Criava nova, transformada realidade, mais alta. Mais certa?
Celebrava-a, ufanático, tendo-a por justa e averiguada, com convicção manifesta. Haja o absoluto amar -e qualquer causa se irrefuta.
Pois produziu efeito. Surtiu bem. Sumiram-se os pontos das reticências, o tempo secou o assunto. Total o transato desmanchava-se, a anterior evidência e seu nevoeiro. O real e válido, na árvore, é a reta que vai para cima. Todos já acreditavam. Jó Joaquim primeiro que todos.
Mesmo a mulher, até, por fim. Chegou-lhe lá a notícia, onde se achava, em ignota, defendida, perfeita distância. Soube-se nua e pura. Veio sem culpa. Voltou, com dengos e fofos de bandeira ao vento.
Três vezes passa perto da gente a felicidade. Jó Joaquim e Vilíria retomaram-se, e conviveram, convolados, o verdadeiro e melhor de sua útil vida.
E pôs-se a fábula em ata.

Disponível em: http://contobrasileiro.com.br/desenredo-conto-de-guimaraes-rosa/

terça-feira, 4 de setembro de 2018

Orações subordinadas adverbiais na música "Apenas mais uma de amor", Lulu Santos

Eu gosto tanto de você
Que até prefiro esconder
Deixo assim ficar
Subentendido

Como uma ideia que existe na cabeça
E não tem a menor obrigação de acontecer

Eu acho tão bonito isso
De ser abstrato, baby
A beleza é mesmo tão fugaz

É uma ideia que existe na cabeça
E não tem a menor pretensão de acontecer

Pode até parecer fraqueza
Pois que seja fraqueza então
A alegria que me dá
Isso vai sem eu dizer

Se amanhã não for nada disso
Caberá só a mim esquecer
O que eu ganho, o que eu perco
Ninguém precisa saber

Interpretação: O texto se trata de uma pessoa apaixonada, mas que ama em segredo e prefere que as coisas sejam assim.

ATIVIDADES
1- Destaque no texto as conjunções subordinadas adverbiais.
2- Qual é a circunstância expressa em cada uma delas?
3- Circule no texto a oração que expressa uma consequência.
4- Na 6ª estrofe, que outra conjunção pode ser usada para substituir o se, sem alterar o sentido?

por Bruna e Letícia, 3º ano B

Orações subordinadas adverbais na música "Sutilmente", Skank


E quando eu estiver triste
Simplesmente me abrace
E quando eu estiver louco
Subitamente se afaste
E quando eu estiver fogo
Suavemente se encaixe
Ah ahn

E quando eu estiver triste
Simplesmente me abrace
E quando eu estiver louco
Subitamente se afaste
E quando eu estiver bobo
Sutilmente disfarce...é
Mas quando eu estiver morto
Suplico que não me mate (não)
Dentro de ti
Dentro de ti

Mesmo que o mundo acabe enfim
Dentro de tudo que cabe em ti
Mesmo que o mundo acabe enfim
Dentro de tudo que cabe em ti

E quando eu estiver triste
Simplesmente me abrace
E quando eu estiver louco
Subitamente se afaste

E quando eu estiver bobo
Sutilmente disfarce...é
Mas quando eu estiver morto
Suplico que não me mate (não)
Dentro de ti
Dentro de ti

Mesmo que o mundo acabe enfim
Dentro de tudo que cabe em ti
Mesmo que o mundo acabe enfim
Dentro de tudo que cabe em ti
Ah ahn


Interpretação: a música é sobre uma pessoa que relata o que deve ser feito nos diferentes momentos da vida dele.

ATIVIDADES

1- Qual é o tipo de oração presente na frase "E quando eu estiver triste  simplesmente me abrace "?
2- Na 3º estrofe, a frase "Mesmo que o mundo acabe", indica?
3- Qual a conjunção mais utilizada pelo autor da música e qual sentido ela apresenta?
4- No trecho "Mas quando eu estiver morto...", a conjunção grifada indica?

por Rafael Costa e Alexandre, 3º ano B

Orações subordinadas adverbiais no poema "Se eu morrer antes de você..."

Se eu morrer antes de você, faça-me um favor:
Chore o quanto quiser, mas não brigue comigo.
Se não quiser chorar, não chore;
Se não conseguir chorar, não se preocupe;
Se tiver vontade de rir, ria;
Se alguns amigos contarem algum fato a meu respeito, Ouça e acrescente sua versão;
Se me elogiarem demais, corrija o exagero.
Se me criticarem demais, defenda-me;
Se me quiserem fazer um santo, só porque morri,
Mostre que eu tinha um pouco de santo,
Mas estava longe de ser o santo que me pintam;
Se me quiserem fazer um demônio,
Mostre que eu talvez tivesse um pouco de demônio,
Mas que a vida inteira eu tentei ser bom e amigo...
E se tiver vontade de escrever alguma coisa sobre mim,
Diga apenas uma frase:
-"Foi meu amigo, acreditou em mim
E sempre me quis por perto!"
Aí, então derrame uma lágrima.
Eu não estarei presente para enxugá-la,
Mas não faz mal.
Outros amigos farão isso no meu lugar.
Gostaria de dizer para você
Que viva como quem sabe que vai morrer um dia,
E que morra como quem soube viver direito.
Amizade só faz sentido se traz o céu para mais perto da Gente, e se inaugura aqui mesmo o seu começo.
Mas, se eu morrer antes de você,
Acho que não vou estranhar o céu.
"Ser seu amigo, já é um pedaço dele..."

Análise interpretativa: o texto "Se eu morrer antes de você...", de Vinícius de Moraes, traz uma mensagem do autor para os amigos que ficarem após sua morte. No texto, ele diz palavras de conforto e orienta sobre como agir ao se lembrarem dele ou ao ouvir alguém falar sobre ele. Neste poema, percebo a tentativa do eu-lírico de retirar qualquer tipo de peso que caia sobre as pessoas que o amam ao verem sua morte.

ATIVIDADES
1- Qual sentido a conjunção se admite na frase "Se eu morrer antes de você..."?
2- Ocorreria mudança de sentido se substituíssemos o se por quando na frase "Se me elogiarem de mais, corrija o exagero" ?
3- O que mudaria se na seguinte frase mudássemos o quando por se? "Mas... quando chegar a sua vez de ir para o pai"
4- Qual ideia traz o mas na seguinte frase: se me quiserem fazer um demônio, mostre que eu talvez tivesse um pouco de demônio, mas que a vida inteira eu tentei ser bom e amigo...

por Gabriel Bicalho e Thiago de Castro, 3º ano A